Por isso, vistam toda a armadura de Deus, para que possam resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo (Efésios 6.13).
Inaugurando a série Resistência, baseada nas cartas de Pedro, irei ministrar sobre tema de suma importância para a vida cristã: fique firme em seus valores. Paixão pelo nome de Cristo é resistência. Os dois livros de Pedro refletem resistência. Tudo na Bíblia é resistência ao mal. Vestidos da armadura de Deus, resistiremos o tempo todo (Efésios 6.13).
O nome Pedro, do aramaico kefas, significa rocha, pedra. Jesus entrou no barco de Simão, pecador, indigno, fazendo-o Pedro, o mais resistente dos discípulos, um dos doze fundamentos da Cidade Santa (Apocalipse 21.14).
A primeira carta de Pedro fala em forasteiros da dispersão. O ano era 68 D.C. Naquele tempo houve perseguição, rejeição familiar e social dos membros da igreja de Cristo. Mas a natureza cristã é resistir.
Um médico coreano questionou a respeito da força das células doentes em relação às saudáveis. A maioria apostou na vitória das doentes, quando na verdade as saudáveis resistem naturalmente. Febre é sinal de resistência natural do organismo. Um belo exemplo é a batata. Quando morava na Holanda, descobri a existência de mais de duzentos tipos delas.
São a base da alimentação na região. Houve praga nas batatas, mas foi vencida pelo próprio organismo do tubérculo, de forma natural. Nada deu certo até que a própria batata criou, sozinha, o antídoto. Ela se curou e trouxe importante lição aos cientistas: nossa natureza é resistir. Pedro revela isso como fato da vida cristã.
O mais difícil é resistir contra mazelas mentais. Imagine quanta mudança houve de Simão para Pedro. Por isso os convido a ler com atenção as cartas do apóstolo, inúmeras vezes. Quanto mais, melhor. Nelas descobriremos Pedro humilde, consciente de sua posição como servo, ainda que tenha sido o mais proeminente discípulo, o primeiro a ser citado em qualquer lista dos doze. Esteve pessoalmente com Cristo, seu fundamento para vida poderosa. Isso é tão forte que ao ser crucificado, seu último pedido foi sê-lo de cabeça para baixo, porque não se considerava digno de morrer como seu Senhor. Honra capaz de resistir o medo da morte.
Pedro deixou cartas belíssimas para a igreja de forasteiros, perseguida, dispersa por não saber enfrentar situações de medo. Escreveu de forma magistral: ecos de liberdade. Toda resistência é possível pela fé, esperança, graça e misericórdia divinas.
O que Deus fez em nós, por meio de Jesus, nos habilita a resistir. Resistência pela graça, não por obras. Este é o maior antídoto contra o pecado, idiotices da vida, valores degenerados da sociedade: nova natureza em Cristo. Em resistência plena, nosso destino é vitória. Pedro traz fotografia de lá para cá, indicando o sucesso da resistência cristã. Fala de lutas e problemas, mas começa pelo antídoto: cura e esperança por meio da fé.
Ele prossegue exortando a igreja a se alegrar na resistência às tribulações (Pedro 1.6). Nisso exultais! Ele exalta a brevidade das tribulações, já que a história da igreja é permeada por problemas, desafios, angústias. Portanto, vamos continuar resistindo.
Repito: o apóstolo explica a importância da FÉ como fator de resistência mais valioso que ouro. Quando genuína, resulta louvor, glória e honra (1 Pedro 1.7). É nosso amor por Cristo que nos faz resistir, sem vê-lo, apenas crendo. Experiência de esperança, fé e graça.
A graça é posta como mais um fator de resistência (1 Pedro 1.10). Por que podemos resistir? Porque temos natureza resistente pela graça.
Pedro entra em realidades atuais: aflições, perigos do orgulho, ansiedade, conflitos familiares, guerras. O antídoto? Jesus Cristo de Nazaré, o Cordeiro, Senhor e Salvador.
Repito: Leia as cartas de Pedro o máximo de vezes que você conseguir, até que elas entrem pelos seus poros. Em Cristo, podemos resistir!
Quem crê e recebe diz: em nome de Jesus, amém.
Sermão ministrado na 2ª Igreja Presbiteriana Independente de Londrina - PR, Filadélfia, na manhã de 1º de maio de 2022. Resumo por Paulo Povedano.
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